Agentes de segurança paulistas pedem em manifestação melhores condições de trabalho e 'aumento real' da remuneração

Policiais militares, civis, penais e técnico-científicos fazem uma manifestação na manhã desta sexta-feira (15), em frente ao 1º Batalhão de Polícia de Choque, no centro de São Paulo, por melhores condições de trabalho e reajuste salarial da categoria.

Os agentes de segurança pública destacam possuir “o pior salário do Brasil”, como escrito em faixas utilizadas durante o protesto, e reclamam que o governador João Doria (PSDB) havia prometido um reajuste salarial em sua campanha eleitoral, em 2018, e até agora não teria cumprido a promessa.

“Membros das forças de segurança pública foram unânimes em apontar a falta de reajuste de seus vencimentos e a sobrecarga de trabalho como as principais mazelas que os trabalhadores têm enfrentado ao longo dos últimos anos, o que invariavelmente acarreta na queda do poder de compra, na perda da qualidade de vida e no adoecimento físico e psíquico desses policiais”, escreve a nota do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) sobre a manifestação.

A Defenda PM (Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar), o Sinpcresp (Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo) e o Sifuspesp participam do ato na região da Luz. As instituições são representadas, respectivamente, pelo coronel Luiz Gustavo Toaldo Pistori (presidente da associação), Daniel Ricco (vice-presidente) e Alancarlo Fernet (diretor).

A reportagem pediu um posicionamento ao Governo do Estado de São Paulo sobre o protesto. Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) deu a seguinte resposta:

A Polícia Militar acompanha o ato realizado na região central, que até o momento segue pacífico.

A atual gestão investe continuamente na valorização e melhoria da carreira policial, tendo reajustado em 5% o salário dos policiais já no primeiro ano do governo, além de ter ampliado a bonificação dos agentes e concedido um pacote de benefícios à categoria. Desde 2019, foram contratados mais de 10 mil policiais e autorizados novos concursos para a contratação de mais agentes para as três instituições.

A pasta também tem investido fortemente na capacitação dos policiais, na expansão das unidades e na aquisição de armas, viaturas e equipamentos de inteligência policial. As Policias Civil e Militar do Estado de São Paulo hoje contam com armamento de última geração, como pistolas semiautomáticas Glock calibre .40, fuzis .556 e .762, rifles de precisão, carabinas 12, entre outros armamentos para fazer frente ao crime organizado. Pela primeira vez na história, as forças de segurança contam com viaturas blindadas. São 175 em operação entre as policiais Civil e Militar e outras estão em aquisição.

Fonte r7